quarta-feira, 11 de novembro de 2015

FAMÍLIA PINTRO/PINTARO NO BRASIL

A família Pintaro chegou ao Brasil há 122 anos, no início do ano de 1893. Desembarcaram no Porto do Rio de Janeiro, Michele Pintaro (filho de Giuseppe Pintaro) com 53 anos, alfabetizado, católico, agricultor, casado com Maria Righele Pintaro (filha de Giovanni Righele) com 52 anos, alfabetizada, católica, agricultora e seus sete filhos: Luigi Pintaro com 20 anos; Teresa Pintaro com 18 anos; Angela Pintaro com 15 anos; Rosina Pintaro com 13 anos; Giuseppina Pintaro com 10 anos; Amadio Pintaro com 6 anos e Maria Pintaro com 2 anos.

Do Rio de Janeiro foram embarcados no navio Aymoré e chegaram ao Rio Grande do Sul no dia 04/03/1893 e foram encaminhados para a Colônia de Alfredo Chaves no dia 13/04/1893. Estas informações estão contidas na Transcrição Paleográfica Autenticada, fornecida pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul no dia 04/06/2007 a pedido de Enilda Pintaro.

Como vocês podem verificar no documento abaixo há muitas falhas de grafia e informações errôneas, mas como foi uma transcrição de documentos emitidos no ano de 1893 não há o que se fazer a não ser esclarecer neste Blog as falhas cometidas na época.

No documento já aparece o sobrenome como Pintro e não mais Pintaro; os filhos são seis e não sete, esqueceram da Rosina ou ela não chegou ao Brasil?; há duas Marias uma com dois anos e outra com 18 anos sendo a última na verdade a Teresa; a Angela e a Giuseppina aparecem com os nomes de Angelo e Giuseppe e o Amadio como se fosse Amadeo; Consta no documento que Michele e sua família foram para a Colônia de Alfredo Chaves, hoje Veranópolis e não Caxias do Sul.

Há ainda algumas lacunas na história da chegada da família Pintaro no Brasil a serem preenchidas, como por qual porto eles saíram da Itália? A maioria dos italianos do norte do país embarcavam no porto de Gênova. Foi o que aconteceu com eles? Em qual navio chegaram ao Brasil e quando? Ficaram hospedados na Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores? Por quanto tempo até embarcarem para o Rio Grande do Sul? Foram encaminhados realmente para a Colônia de Alfredo Chaves antes de chegarem a Caxias do Sul? Há relatos no livro Caravágio da Terceira Légua 100 Anos de Fé, União e Trabalho de Sheila Cunico e no livro Povoadores da Colônia Caxias de Mario Gardelin e Rovílio Costa, de imigrantes que compraram lotes daqueles que abandonavam em busca de outras terras ou de outras ocupações ou ainda para ficarem próximos a parentes. Aconteceu isso com eles?

Como vocês podem ver ainda há informações importantíssimas sobre a história de  nossos antepassados a serem desvendadas, se alguém tiver alguma destas informações e quiser compartilhar neste Blog ficarei imensamente agradecida . Já fizemos buscas no site do Arquivo Nacional www.arquivonacional.gov.br (consultas – acervo sobe estrangeiros – relações de vapores) e www.hospedariailhadasflores.com.br e nada localizamos. Obtivemos informações via telefone que documentos da época que ainda não foram disponibilizados no site, estão disponíveis no museu e que as visitas devem ser agendadas.

    
Transcrição Paleográfica Autenticada da Família de Michele Pintaro

Transcrição Paleográfica da Família de Michele Pintaro




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4 comentários:

  1. Parabéns Ana Maria minha irmã querida, pela sua dedicação em publicar a história de nossa família, sei o quanto isso representa para nós que passamos por experiências MARAVILHOSAS na Itália quando estivemos fazendo a cidadania e principalmente naqueles momentos que descobrimos a origem completa da nossa família.
    Hoje sei o quanto isso representa para nós e para tantos outros familiares que queiram conhecer mais a nossa história e também em ir atrás da cidadania.
    Quando comecei as buscas da documentação, por algumas vezes pensei em desistir, pois as informações eram confusas e me levavam a crer que o nome PINTRO tinha sido modificado quando chegaram no Brasil, mas ainda bem que sou resiliente (qualidade de PINTRO, como nossos antepassados que suportaram tudo no início no Brasil).
    No dia que mudou o nome do NONO ISIDORO no cartório foi um marco para mim, pensei muito, fazendo algo que ele levou por toda sua vida, pois o nome da gente é SAGRADO. Passou mil coisas na minha cabeça, mas hoje sei que valeu a pena, não quis mudar a história de ninguém apenas descobrir. “Nono onde quer que o Sr. Esteja, sei que vai me entender”.
    Aos pioneiros da cidadania da Família PINTRO/PINTARO, muito obrigada por acreditarem junto comigo a enfrentar o desafio, a manter os custos e principalmente pelo desejo de descobrir nossa história. Meu obrigado a Ana Maria e Isidoro (meus irmãos), a Rosângela, Brígida, Eleotério (saudades) e a Anelir (meus primos).
    Espero que as pessoas da Família PINTRO/PINTARO se encontrarem nesta história de superação de nossos antepassados e mais que isso contribuam para que este blog seja completo, quanta informação podemos descobrir ainda, que cada um que se sinta tocado, escreva um pouco mais da sua história para se completar a tantas outras, onde quer que esteja neste mundo de meu Deus.
    Minha GRATIDÃO em especial a você ANA MARIA pela dedicação em mostrar para o mundo nossa história, que Deus permita que ela chegue a todas as pessoas com o sentimento de REDECOSBERTA da nossa origem.

    Enilda Pintaro Araújo – Araruna/Paraná.

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    1. Enilda, seu comentário é tão belo e emocionante que deve ser visto por todos que acessam o Blog, por isso vou publica-lo como depoimento. Abraço!

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  2. Parabéns Ana Maria e Enilda. Este grande esforço de vocês esclarece muito do passado de nossos familiares. Acompanharei o blog. Abraços

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    1. Obrigada Fernando! Bom saber que teremos a sua companhia e contamos com você na divulgação do Blog a todos da Família Pintro/Pintaro que convivem com você. Se você possui alguma foto, documento ou história da família que queira compartilhar no Blog, sinta-se a vontade para faze-lo. Abraço!

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